O futuro dos planos de saúde no Brasil

Como garantir o futuro dos planos de saúde em meio a um mercado que entrou em colapso? Confira no artigo do especialista Luiz Fernando

Já faz tempo que a Saúde Suplementar do país entrou em colapso. Consequentemente, há uma grande preocupação de todos os envolvidos neste mercado, como: operadoras, prestadores de serviço, beneficiários, fornecedores de materiais e medicamentos, judiciário e ANS. O futuro dos planos de saúde, definitivamente, tornou-se um dos assuntos mais abordados dentro dos eventos do setor.

Nesse contexto, destaco os desafios de curto prazo enfrentados por muitas operadoras de planos de saúde: atendimento a regulamentação, agilidade nos processos e geração de resultados.

O que fazer para garantir o futuro dos plano de saúde

Entendo que o futuro dos planos de saúde passa, imprescindivelmente, pelo desenvolvimento das carteiras por parte das operadoras, buscando melhores serviços aos seus beneficiários e aumentando o tempo de permanência dos mesmos. É mais barato manter um cliente do que conquistar um novo. Só que, para isso acontecer, é importante conhecer muito bem sua carteira de beneficiários e isso só é possível analisando:

  • Evolução dos beneficiários;
  • Frequência de utilização;
  • Custos médicos e sinistralidade.
     

Com esse tipo de diagnóstico, é possível conhecer as características fundamentais da massa assegurada.

Em paralelo, é necessário mapear as obrigações legais de uma operadora perante a ANS. Como a sua operadora está HOJE em relação às obrigações determinadas pela ANS? Ela atende totalmente as exigências? Ressalto que as penalidades previstas para descumprimento da legislação são altíssimas, além de muitas delas serem acumulativas.

Outro fator que merece toda atenção é a qualidade da informação. É importante destacar que diversos processos dependem da qualidade dos dados, como: precificação dos produtos, avaliação de contratos coletivos, notas técnicas atuariais etc. Uma informação equivocada pode prejudicar (e muito) os resultados das análises, gerando impactos diretos às tomadas de decisões. Dessa forma, a fidedignidade dos dados deve ser tratada como prioridade e não pode ser deixada para segundo plano.

A agilidade exigida atualmente nos processos deve estar relacionada diretamente à segurança. Recomendo cautela ao trabalhar com ferramentas que podem se tornar frágeis com a manipulação, como planilhas em Excel.

Conclusão

Em vista dos exemplos mencionados, ratifico a importância da gestão identificar possíveis falhas nos processos em busca de mitigar os riscos. Em meio à busca incessante pela sustentabilidade, uma sanção pode gerar impacto negativo na operação.

Precisamos, imediatamente, ultrapassar a discussão e partir para a ação. Se comprometer com a análise e revisão periódica dos processos internos. Buscar ferramentas que oferecem segurança, contar com colaboradores e parceiros experientes e com a agilidade que o mercado exige. Só assim garantiremos o futuro dos planos de saúde e da saúde suplementar.

 

 


 Luiz Fernando Amaral
 Gestão de Mercado

 


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Data da notícia: 03/12/2019

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