O uso consciente do plano de saúde é algo benéfico tanto para as operadoras quanto para os beneficiários – saiba mais
Recentemente, apresentei o Estudo de Diagnóstico de Carteira – um projeto que traz uma análise sobre as características, comportamento e utilização de serviços médicos de operadora comparado a análises estatísticas de dados do mercado – para um de nossos clientes. E as abordagens finais de nossa reunião me fizeram revisitar um tema antigo: o uso consciente do plano de saúde.
Na apresentação do estudo, as análises que trouxeram mais surpresas para os participantes foram as relacionadas a frequências de utilização e a grande pergunta foi:
O que devemos fazer com essa informação?
Problemas da má utilização dos planos
Ao analisar a frequência de utilização dos contratos das operadoras que atendemos, podemos concluir que alguns beneficiários não sabem fazer uso racional do plano. Ou seja: não têm fidelização a um médico, não realizam consultas eletivas e exames de rotina. Essas atitudes evitariam idas desnecessárias aos prontos atendimentos e até mesmo internações.
Os usuários, em sua grande maioria, não compreendem que seu comportamento em relação a utilização do plano impacta diretamente na sinistralidade e que em contratos coletivos esse comportamento afeta diretamente ao grupo que pertence.
A falta de coordenação do cuidado, em especial aos beneficiários crônicos e idosos, geralmente acarretam em utilização dos serviços hospitalares de pronto atendimento que seriam facilmente evitados.
Vejo que há desinformação até mesmo entre as áreas das operadoras e seus colaboradores que, muitas vezes, não possuem pleno conhecimentos de todos os recursos disponíveis para a correta orientação de seus beneficiários. Um exemplo disso são as operadoras que possuem os serviços de teleorientação, mas não os divulgam de forma assertiva para que seus beneficiários façam um uso consciente do plano de saúde.
Melhorando o uso consciente do plano de saúde
As operadoras devem investir fortemente em campanhas de conscientização do uso consciente do plano de saúde. Para mudar o cenário de mau uso do plano e da falta de conscientização da prevenção, as operadoras devem ter uma comunicação e abordagem adequada para com seus beneficiários e, para isso, é necessário avaliar qual meio/ canal de comunicação alcança seu cliente.
É necessário também investigar o motivo pelo qual a frequência dos eventos está elevada, se por demanda reprimida, se por comportamento do prestador, por questões epidemiológicas, e ao identificar, traçar estratégias de combate à má utilização dos recursos.
É fato que algo precisa ser feito, então aposte em campanhas, palestras e comunicados de conscientização. Recomendo analisar seus dados frequentemente, investigar os desvios e agir para promover a mudança.
Lenisa Spinola
Gestão de Negócios
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Data da notícia:
26/11/2019