Confira a nossa opinião sobre as novas regras para planos de saúde propostas recentemente por operadoras.
Na última semana, alguns jornais e sites divulgaram um movimento das operadoras no sentido de aproveitar o momento político do Brasil para mudar o que já está estabelecido e propor novas regras para planos de saúde.
As propostas de mudanças envolvem temas variados e bastante visados pela sociedade, como:
- Extinção do limite para reajustes de planos contratados por pessoa física;
- Aumento do período de revisão do rol de procedimentos;
- Não definição de prazo de atendimento pelos prestadores de serviços das operadoras;
- Não exigência de substituição de hospital em caso de descredenciamento.
Entre alguns outros aspectos.
Algumas das novas regras para planos de saúde são bastante coerentes, como: que um plano possa ser cancelado em caso de fraude, que o SUS tenha maior celeridade para cobrar das operadoras os atendimentos prestados em sua rede ou até mesmo a criação de uma regulamentação específica para os prestadores de serviço.
Entretanto, também fica evidente a tentativa de retrocesso em questões sobre as quais as operadoras já se qualificaram e que trouxeram melhorias relevantes para os beneficiários.
A nossa opinião sobre novas regras para planos de saúde
Sempre que o judiciário ou o governo, de modo geral, se sobrepõem às regras estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, nós, que atuamos no setor, nos manifestamos no sentido de que é preciso fundamentar decisões importantes – como estas – com base em avaliações técnicas.
Portanto, não é coerente reagirmos de forma diferente quando representantes do próprio setor de saúde suplementar agem de modo similar às instituições citadas. Esse movimento vai em desencontro com o esforço das operadoras de boa fé em atuarem de forma transparente e conquistarem a confiança da sociedade para um setor tão “abjeto” segundo a opinião pública.
É preciso manter a coerência na nossa conduta profissional e pessoal.
Italoema Destro
Gestora Atuarial
Data da notícia:
30/07/2019