Gestão da rede de prestadores auxilia o negócio da operadora de saúde

A importância da gestão da rede de prestadores

Entenda como a gestão de rede de prestadores pode beneficiar o negócio

Muito tem se falado de modelos de remuneração, remuneração baseada em valor, ferramentas e soluções diferenciadas. Isso com o objetivo de equilibrar as despesas assistenciais, evitar desperdícios e ter melhora no desfecho de saúde percebida pelo paciente, entre outros. Veja como uma em gestão da rede prestadores pode ajudar.

Ocorre que, efetivamente, as operadoras e seus prestadores encontram muitas dificuldades em estabelecer uma negociação ganha-ganha. E, na maioria das vezes, o assunto se torna uma disputa de “braço de ferro”. Ou seja, nenhuma parte cede e o modelo fee for service ainda predomina.

Pensando nisso e avaliando algumas experiências, entendo que para evoluirmos nessas questões é necessário encontrar alternativas que tragam resultados eficientes no curto prazo.

O primeiro passo pode ser a partir da avaliação quantitativa de rede de prestadores. Nesse caso, considerando a possibilidade de analisar a composição da carteira de beneficiários e suas respectivas utilizações de serviços de saúde para fundamentar a avaliação de suficiência da rede credenciada da operadora.

Essa iniciativa trará a oportunidade de:

  • Obtenção de mais elementos para as negociações de remuneração/manutenção
  • Direcionamento para aqueles prestadores de maior interesse da operadora
  • Adequação da rede para respeitar os prazos de garantia de atendimento estabelecidos pela RN 259
  • Gestão da rede com aplicação de indicadores de desempenho
  • Atualização da rede vinculada a cada produto na ANS
  • Avaliação do tempo de atendimento
  • Avaliação da disponibilidade do prestador
  • Identificação de demandas
  • Identificação de tendências de custos
  • Realização de projeções da necessidade de ampliação ou redução da rede considerando o crescimento ou redução da carteira de beneficiários

 

Vale lembrar que a rede prestadores hospitalares é uma característica do produto e sua alteração somente é permita com autorização da ANS.

Veja que a análise da rede de prestadores é fundamental também para a operadoras que desejam registrar novos produtos, que desejam criar produtos com rede específica para atendimentos aos produtos APS, por exemplo.

Como deve ser a gestão da rede de prestadores

A minha recomendação é que a operadora faça uma gestão da rede de prestadores à partir da análise de suficiência. Isso trará muitos benefícios, inclusive de percepção imediata de seus beneficiários.

Dessa forma, a operadora terá condições de promover o acesso adequado dos beneficiários a todos serviços de saúde, inclusive os de urgência e emergência, com possibilidade de implantação de planos de ação para corrigir falhas de distribuição quantitativa. Por região, por produtos, por tipo de serviço assistencial da rede de prestadores. E assim, de fato, oferecer aos seus beneficiários “Planos de Saúde” e não “Planos de Doenças”, que apenas valorizam o guia médico de maior espessura.




 Lenisa Spinola
 Gestão de Negócios

 

 

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Data da notícia: 20/10/2020

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