Planos de saúde coletivos: a importância dos controles dos resultados

Se você trabalha na área de saúde suplementar, deve saber bem que um gestor de operadora de saúde enfrenta diversos desafios diariamente. Um deles é a análise dos resultados dos planos de saúde coletivos, tema que eu gostar de falar um pouco e ressaltar sua importância.

As análises periódicas de avaliação e controle são amplamente importantes, não só para a operadora de saúde, mas também para o contratante do serviço. Com essas análises, além de conhecer o tamanho do risco, é possível aperfeiçoar serviços, avaliar as negociações com prestadores, analisar possibilidades e necessidades de investimento em recursos próprios para aumentar o nível de satisfação etc.

Aperfeiçoamento de controles internos

Influenciadas pela RN 443, que trata da Gestão de Risco e Compliance, diversas operadoras de saúde estão revendo seus processos para aperfeiçoar seus controles internos.

Saiba mais sobre compliance e gestão de risco.

Como em todas as modalidades de contratos, a periodicidade do reajuste de preço é anual, no aniversário do contrato, conforme consta da RN 195. Para planos individuais, os índices de reajustes não são definidos pela ANS. Já para os contratos de planos de saúde coletivos, a Agência apenas acompanha os índices de reajustes aplicados e ele deve ser comunicado à ANS via RPC.

Em outubro de 2012, a ANS definiu que os contratos coletivos com menos de 30 beneficiários devem ser agrupados para efeito de cálculo de reajuste, o que chamamos de pool de risco.

Para os contratos coletivos com número de beneficiários superior a 30, existe a previsão contratual de reajuste financeiro anual das mensalidades. Além disso, quando as despesas assistenciais ultrapassam um limite em relação às receitas (sinistralidade) não gerando margem para que a Operadora arque com as demais despesas geradas pelo contrato, existe a possibilidade de aplicação do reajuste técnico, previsto na regulamentação vigente.

Dica para melhorar controles de planos de saúde coletivos

Existe uma ferramenta que nós utilizamos (e recomendamos) para fazer o controle de planos de saúde coletivos. É o aplicativo ARCC, uma ferramenta online que tem como objetivo avaliar economicamente cada contrato coletivo da operadora e indicar o índice de reajuste necessário para o equilíbrio destes. Com ele, você melhora:

  • Controle de contratos
  • Manutenção dos contratos
  • Definição dos reajustes
  • Negociação com contratantes

                                                                                                                                                                   

Além disso, com o aplicativo é possível ter o acesso ao resultado imediato do cálculo atuarial com total segurança. Este cálculo é feito mediante avaliação das receitas, coparticipações e despesas assistenciais do contrato, no período desejado.

É importante ressaltar que para a utilização o ARCC, a operadora dever ter sua base de dados devidamente atualizada e validada, com envio preferencialmente mensal para a Prospera.

Para aquelas operadoras que ainda estão se organizando para o envio da base de dados, temos a alternativa do projeto de Avaliação de Contrato Coletivo, conhecido como ACC. Nesse caso, será necessário o envio de dados de cada contrato em formato específico, para que o atuário analise as informações para a emissão do parecer técnico.

Em tempos de crise, inflação nas alturas e grande dificuldade de vendas para oxigenação da carteira, é muito importante se dedicar nas análises dos controles internos para garantir maior segurança e assertividade em tomadas de decisão.


Lenisa Spinola
Gestão de Negócios

 

 


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Data da notícia: 10/07/2019

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