Veja mais sobre medicamentos em planos de saúde – o que deve ser contemplado

Medicamentos e oportunidades ainda pouco exploradas pelos planos de saúde

Mais medicamentos devem ser cobertos por planos de saúde
O rol de coberturas obrigatórias pelos planos de saúde, até pouco mais de sete anos atrás, não contemplava medicamentos. Exceto os necessários para uso de pacientes internados. Já na última alteração do rol, que entrou em vigor no início desse mês, alguns casos de terapia oral oncológica e imunobiológica passam a ser cobertos.

Diferentemente desses medicamentos de alto custo, entretanto, há uma vasta lista de remédios de baixo custo usados na terapia de doenças crônicas mais frequentes no Brasil. Tais como: hipertensão arterial, diabetes e doença respiratória, entre outras.

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Segundo dados da Pnaum – Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil, o acesso a medicamentos pelos brasileiros é alto. Porém, a baixa adesão ao tratamento em beneficiários de planos de saúde é de aproximadamente 29% (Pnaum 2014).

Importante ressaltar que a baixa adesão representa a situação em que o paciente não toma a medicação no horário, na dose correta e durante o tempo de tratamento prescritos pelo médico. Isso ocorre, frequentemente, por escolha do paciente, quando não há a presença do sintoma, mas pode ocorrer por desinformação ou desorganização do paciente.

Algumas dessas doenças crônicas, quando a terapia oral não é aplicada de forma adequada, podem levar a complicações de saúde que consomem milhões de recursos do sistema de saúde público e privado. A hipertensão, por exemplo, se não tratada, é responsável por 80% dos AVC’s e 60% dos infartos, segundo o Ministério da Saúde.

As pesquisas mostram que a boa relação do paciente com o médico, a rotina e a orientação/ entendimento do tratamento são fatores significativamente relevantes para melhora da adesão ao tratamento.


Bom relacionamento e acesso aos medicamentos

Nesse sentido é que vejo a oportunidade para as operadoras desenvolverem programas de relacionamento com seus beneficiários, em especial os portadores de doenças crônicas.

Identificar quem são esses beneficiários, acompanhar a jornada deles na sua rede, facilitar o acesso aos medicamentos e engajá-los na adesão ao tratamento são ações que podem gerar mais qualidade de vida aos beneficiários. E, como consequência econômica, economizar recursos que podem ser direcionados a investimentos em novas ações que efetivamente promovam saúde e não apenas paguem o tratamento da doença.


 

  Italoema Sanglard
  Gestão Atuarial

 

 


Data da notícia: 04/05/2021

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