Telemedicina é tendência e já está na mira de operadoras de saúde

Minha experiência com a telemedicina

Telemedicina como parte da rotina será cada vez mais comum

Em artigos anteriores, abordamos o tema telemedicina algumas vezes – aqui e aqui. Sempre observei com bons olhos essa alternativa de atendimento.

Antes de acontecer essa pandemia, que já dura mais de um ano, a telessaúde já existia no Brasil, desde 1994, e era utilizada por empresas especializadas em exames de eletrocardiograma a distância, tomando espaço ao longo dos anos seguintes. Porém, o sistema de saúde implantava com muita timidez esse recurso.

O que acontece é que ninguém contava que uma pandemia mundial pudesse acelerar em tão pouco tempo essa tecnologia. Isso demonstra que, por mais resistentes que as operadoras de saúde sejam acerca dessa implantação, ela é super possível. E mais: traz muitos benefícios, tanto para o beneficiário quanto para o plano de saúde.

Tive algumas experiências com esse tipo de atendimento. Todas as vezes que fui atendida, só tenho a elogiar. É claro que devemos considerar a gravidade das situações e não há que se falar em questões de urgência, onde existe risco à vida do paciente, e que assim deve realmente se dirigir a um Pronto Socorro.

Mas como esse não foi o caso, confesso que meu primeiro pensamento foi “nunca mais eu piso em um PS”. Eu mal entrei na fila de espera para ser atendida e o médico já estava lá, na sala virtual, me fazendo os questionamentos pertinentes ao caso, que culminou em uma solicitação de exames e emissão de receita para a aquisição de medicamento.

 

Obstáculos para a telemedicina

Pensando do ponto de vista de uma operadora de saúde, quais seriam os obstáculos para a implementação desta tecnologia?

Antes eu diria que a principal dificuldade de implementação dessa tecnologia em uma operadora seria a resistência a mudanças. Entretanto, com a atual situação em que nos encontramos, acredito que essa já foi superada, considerando que não tivemos muita escolha neste sentido. Era “ou faz, ou faz”.

E ainda existem outros fatores que contribuem com esse atraso, sendo eles a falta de profissionais treinados para esse serviço, a falta de uma regulamentação específica e o desenvolvimento de uma estrutura tecnológica apropriada para este tipo de atendimento.

Falando mais especificamente da regulamentação, existe um movimento onde é solicitada uma regulamentação permanente sobre o assunto, pois a telemedicina só vale enquanto durar o período de pandemia. Mas seria muito mais vantajoso se ela permanecesse no mercado definitivamente. Isso porque as vantagens da telemedicina são muitas. Incluindo:

  • A diminuição da desigualdade no acesso à saúde
  • Exposição de beneficiários a doenças contagiosas
  • Redução de custos e agilidade de atendimento

 

Sobre a estrutura tecnológica, sabemos que quanto maior o investimento nesse quesito, melhor para a operadora. Não pensando apenas em telemedicina, mas nos processos como um todo. Como o assunto da vez é esse, seria interessante que as operadoras começassem a pensar nisso, pois acredito que essa é uma tendência que veio para ficar.

 

 

Camila Antonelli
Gestão de Negócios

 

 


Data da notícia: 06/07/2021

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