Em meio a turbulência que se tornou a especulação do percentual de reajuste dos planos individuais, onde uma liminar estabelece o teto de reajuste absolutamente inferior as expectativas do mercado e onde uma Agência Reguladora, que em tese seria órgão responsável e competente para estabelecer tal reajuste, recorre dessa ação para cumprir com suas obrigações, é lançada na mídia uma propaganda comercial, cujo um renomado economista e educador financeiro de forma bastante didática e de fácil entendimento traz em nível nacional a orientação e explicação da necessidade de reajuste dos planos de saúde.
Acredito que essa ação seja o primeiro passo de muitos outros necessários para que os beneficiários tanto de contratos coletivos quando de individual entendam que o reajuste das mensalidades dos planos de saúde reflete a necessidade de recomposição financeira devido a elevação da variação dessas despesas assistenciais.
Enquanto corre essa briga judicial, entre os beneficiários que deveriam ser os principais interessados, pouco se falam das causas das elevadas despesas assistenciais que deverão ser revistas, tais como, desperdícios, fraudes e uso inadequado do plano de saúde.
Enquanto essas influencias não forem revistas, qualquer metodologia do cálculo do reajuste continuará trazendo índices elevados.
Para as operadoras de planos de saúde, os fatores do aumento das despesas assistenciais são conhecidos, para os beneficiários, nem tanto.
É necessário que os beneficiários saibam que o plano de saúde contratado deve ser utilizado de forma adequada e que seu comportamento refletirá diretamente na necessidade de reajuste.
Entendo que é papel e responsabilidade das operadoras a correta orientação, a divulgação e a provocação para promover aos seus contratantes o conhecimento do impacto da utilização dos seus recursos assistenciais.
Por outro lado, assim como nos contratos coletivos, há uma necessidade urgente de transparência da apuração e cálculo para definição do reajuste dos planos individuais por parte da agência reguladora.
Tão importante quanto discutir o efeito é necessário discutir a causas.
Lenisa Spinola
Gestão de Negócios
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Ação Civil Pública acerca do reajuste dos planos individuais/familiares.
Data da notícia:
21/06/2018