Qual é sua oferta de valor?

Sempre preocupada com o movimentos do mercado, com intuito de estar sempre atualizada, participo frequentemente de eventos que tragam conteúdo e reflexões que contribuam para o fortalecimento e crescimento sustentável de nosso setor. Na última semana tive a oportunidade de participar do Seminário Otimização de Custos com Saúde Corporativa e nessa ocasião estavam presentes agentes de cada área, contratantes, operadoras e prestadores de serviços médicos hospitalares.


O que mais me chamou a atenção foi a maturidade dos contratantes, sendo eles gestores de RH ou médicos do trabalho, todos apresentavam um conhecimento amplo e estratégico do benefício concedido aos colaboradores das empresa que representavam.

Entendi nesse evento que houve por parte dos contratantes a necessidade de aprofundamento do tema, que hoje corresponde ao segundo maior custo fixo das empresas. Conhecemos dois “cases” que extrapolaram os incentivos de programas de prevenção e promoção à saúde (para gestantes, diabéticos, cardíacos e outros), da adoção de coparticipação e de programas de conscientização da utilização dos recursos de saúde, de benefícios do hábito de atividades físicas e boa alimentação, como uma mudança importante e redesenho de produtos contratados tanto na oferta de cobertura (segmentação) ou da modalidade de pagamento (de pré-pagamento para pós-pagamento).

Os profissionais que atuam diretamente com a gestão de custos com saúde corporativa estão preparados e utilizam os mais diversos recursos para oferecer aos beneficiários serviços de qualidade, com redução dos custos e aumento da produtividade. Hoje entende-se que existe a necessidade de que todas as ações planejadas e dos programas implantados atinjam além dos colaboradores, seus familiares.

As empresas investem em uma forte estrutura de gestão, no controle de utilização e custos integrando as áreas de RH, finanças e compras.

Esses profissionais estão altamente engajados no processo de redução de custo e entendem que falta por parte das operadoras transparência nos demonstrativos de utilização, que falta simplificação no acesso à saúde, que o relacionamento entre as operadoras e seus prestadores de serviços, em especial prestadores hospitalares é predatório e que nessa relação não há o benefício do “ganha/ganha”.

Sabendo que cerca de 70% dos beneficiários pertencem a contratos coletivos, as operadoras precisam se preparar para atender e superar as expectativas das empresas contratantes não somente aos aspectos financeiros e sim para responder a grande questão: Qual é sua oferta de valor???

Lenisa Spinola
Gestão de Negócios

Notícias Relacionadas:
Ouvindo os Contratantes: Como os grandes Consumidores de Planos de Saúde podem Participar das Decisões Regulatórias?
O risco que corre o setor de saúde suplementar
 


Data da notícia: 25/10/2018

TOP