O que seria GESTÃO no sistema de saúde?

Qual é o maior desafio do sistema de saúde brasileiro?

Em pesquisa realizada durante o 4º Fórum da Saúde Suplementar no Rio de Janeiro, evento realizado pela Federação Nacional de Saúde Suplementar – FenaSaúde, as respostas via aplicativo de mais de 900 participantes nos chamou atenção. Considerando as opçoes de resposta: Financiamento, Gestão, Integração Público-Privado e Envelhecimento da população. Gestão ganhou com 57% dos votos.


Concordando com o resultado e já expondo meu voto na opção GESTÃO, gostaria de trazer algumas considerações. Entendo que uma eficiência em Gestão consequentemente trará o equilíbrio para o setor.

Posso citar alguns cuidados que são de extrema importância na operação de Planos de Saúde e em sua maioria são sabidos dos dirigentes, gerentes e profissionais que atuam no setor, porém, sem uma gestão eficiente os mesmos se tornam ineficazes, são eles:

- Acompanhar e controlar sua sinistralidade;
- Implementar planos/produtos com menor mensalidade (Exemplo: Atenção Primária à Saúde);
- Acompanhar os índices da sua operação (Exemplo: Liquidez Corrente, Endividamento, Cobertura de provisões técnicas, Margem de Solvência, etc.);
- Conhecer o seu mercado, sua concorrência e sua Operadora;
- Comparar seus índices com índices de mercado ou de concorrentes;
- Controlar a Despesa Administrativa (Exemplo: Salários, alugueis, luz, água, etc.);
- Controlar as Despesas com Comercialização (Alocando preferencialmente em produtos e categorias mais rentáveis);
- Controlar as Despesas com Recursos Próprios;
- Acompanhar o Índice de Giro de Operação – IGO;
- Observar sempre os índices de classificação da ANS (Exemplo: IDSS, Monitoramento Assistencial, Indicador de Fiscalização, etc.);
- Estar em compliance com as Normas dos órgãos fiscalizadores.

Utilizando o Controle de Sinistralidade apenas como exemplo: Existe uma “média” de mercado que utilizada pelas operadoras de 75%, percentual esse que já não demonstra a realidade, visto que o restante da receita “teoricamente” deveria ser suficiente para sustentar as despesas administrativas e comerciais e gerar lucro para a Operadora.

O percentual de sinistralidade pode variar de carteira para carteira, inclusive considerando a modalidade de operação e por esse motivo deve ser medido constantemente. Mesmo dentro da própria operadora é possível apresentar índices distintos, como para as carteiras de planos individuais e coletivos, em função das características específicas de cada uma destas. Acaba, de uma forma ou de outra, fazendo parte do controle das demais despesas administrativas e comerciais.

Esse seria um viés da enquete, que se desdobra no gerenciamento de riscos. Para uma gestão equilibrada é imprescindível gerenciar os riscos, o que irá viabilizar mais negócios e garantir a perenidade das operadoras.

Luiz Fernando Amaral
Gestão de Negócios
 


Quer saber mais sobre o assunto, clique abaixo:
Visão dos Desafios do Setor pela visão Fenasaúde
Fenasaúde e APS


Data da notícia: 20/12/2018

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