O fenômeno dos custos crescentes em saúde é uma realidade, e é pouco provável que sofra alguma mudança positiva no curto e médio prazos.
Os Prestadores e as Operadoras que tiverem esta percepção e forem mais ousados em suas estratégias de negócios, mudarão o foco de seu relacionamento comercial, hoje conflituoso, para o estabelecimento de uma relação justa e profissional, visando unir esforços para melhor atender as necessidades e promover melhorias na qualidade dos serviços prestados.
A negociação e adoção de novos modelos de remuneração, com a implantação da remuneração por performance, é um dos passos necessários na busca do crescimento e fortalecimento do segmento da saúde privada.
As formas de remuneração de honorários médicos mais frequentes no contexto brasileiro são: pagamento por procedimento ou fee for service (FFS) e capitation;
Existem também outras formas de remuneração, sendo elas menos usuais, salário e, mais recentemente, a remuneração por "pacotes", que consiste na inclusão dos honorários médicos em um montante pré-fixado de procedimentos e insumos. O pagamento por desempenho tem crescido no exterior e aos poucos começa a suscitar projetos-pilotos e discussões também no Brasil.
É importante aqui ressaltar as considerações sobre o Fee for Service, que é um sistema de pagamento realizado de forma pós-pagamento, tradicionalmente mais utilizado para a remuneração do trabalho médico e dos serviços hospitalares, onde a unidade de serviço apresenta o modelo de conta aberta tradicional, modelo de conta com tabela compacta, diárias e taxas, migração de preços de insumos (mat/med). O grande desafio das Operadoras é reduzir peso dos insumos no custo final dos atendimentos hospitalares, com isso exige-se um sistema de custos com certo grau de sofisticação para o prestador, profissionalismo e regras claras de negociação entre prestadores e Operadoras.
Já o modelo Capitation tem como base a fixação de um valor per capita como remuneração para o prestador de serviços. No Brasil, são poucas as experiências da aplicação deste modelo. Nem os prestadores e nem as Operadoras estão preparados para sua utilização. A grande dificuldade é ter parâmetros necessários para a correta negociação dos valores per capita.
Embora algumas operadoras digam que já testaram ou que pensam em implantar modelo de remuneração capitation e por performance, poucas efetivamente o fizeram ou sabem como fazê-lo e apesar de quase todas criticarem o modelo fee for service, não acham que há outra forma mais prática operacionalmente para negociação e avaliação da remuneração dos seus prestadores nesse momento.
Discutir as readequações na forma de remuneração e avaliação da Qualidade dos serviços é uma tarefa fundamental, uma vez que a elevação dos custos com saúde é muito preocupante e vem aumentando constantemente, não apenas pelas inovações tecnológicas, como também pelo envelhecimento da população e demais itens que todos nós conhecemos.
Equipe Gestão de Negócios
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Data da notícia:
19/05/2016