Problemas na saúde: todo mundo paga pela ineficiência

Quais são os principais problemas na saúde suplementar responsáveis por algumas ineficiências? Confira algumas delas e sugestões de melhoria para o setor.

Em diversos setores, é muito comum ouvirmos a frase “todo mundo paga pela ineficiência” e isso faz muito sentido. Sempre que participo de algum evento cujo objetivo é discutir e aprofundar a entrega de valor, experiência do paciente e otimização de recursos na saúde suplementar, a palavra eficiência e os problemas na saúde são destaque.

Eficiência é realizar, de forma correta, suas funções. Ou seja, atingir o resultado com a menor perda possível de recursos e fazer o melhor uso possível de recursos, tempo, materiais e pessoas.

Para minimizar os problemas na saúde – suplementar, no nosso caso – e alcançar uma eficiência real, é necessário ter uma boa organização, compromisso com as tarefas, conhecimento do setor etc.

Os problemas na saúde suplementar

Se pararmos para analisar o universo da saúde suplementar, conseguimos identificar problemas e ineficiência por todos os lados. Vejamos:

Das operadoras: diante da luta para a redução e controle das despesas assistenciais, as operadoras estão mais preocupadas em regular as utilizações e analisar as contas apresentadas pelos prestadores do que orientar seus beneficiários sobre a correta utilização dos planos, promover serviços de promoção e prevenção, investir em ferramentas de avaliação de prestadores para uma negociação de remuneração correta etc.

Dos prestadores: em sua grande maioria, não se comportam como parceiros das operadoras, que, em geral, são sua maior fonte de receitas. Não é incomum identificarmos internações desnecessárias e de longa permanência oriundas de condições adquiridas no leito, desperdício de materiais e medicamentos, não identificação de doenças sensíveis à atenção primária etc.

Dos beneficiários/pacientes: desconhecimento dos diretos e coberturas de seu contrato com a operadora, má utilização dos recursos disponíveis, baixa adesão aos programas de promoção e prevenção promovidos pelas operadoras e falta de autocuidado.

Das empresas contratantes: desconhecimento do perfil de seus beneficiários – em especial dos dependentes de seus colaboradores –, preocupação do benefício de saúde apenas na ocasião de negociação de reajuste, não participação dos programas de promoção e prevenção e da falha na contratação dos produtos inadequados para a realidade de sua empresa.

Agora, mais do que nunca, precisamos mitigar os problemas na saúde suplementar e combater a ineficiência. Elenco aqui algumas sugestões:


Para as operadoras

  • Análises aprofundadas do desempenho dos prestadores de serviços para apoio na definição das ferramentas e estratégias de gestão, como a mudança do modelo de remuneração;
  • Adequação da rede de prestadores para priorização daqueles que são parceiros;
  • Investimento de campanhas de uso racional dos recursos para seus beneficiários e empresas contratantes;
  • Acompanhamento do desempenho dos contratos coletivos;
  • Lançamento e oferta de produtos adequados ao perfil do beneficiário e contratantes;
  • Comunicação assertiva com os seus prestadores e contratantes.


Para os prestadores

  • Investimento em capacitação de profissionais para melhorar a oferta de seus serviços;
  • Adesão às ferramentas de gestão de recursos;
  • Maior controle sobre o desperdício;
  • Análise para sugestão de negociação dos modelos de remuneração.


Para os beneficiários

  • Adesão aos programas propostos pela operadora;
  • Correta utilização dos recursos disponíveis;
  • Autocuidado, em especial às doenças crônicas.


Para os contratantes

  • Promover a conscientização do uso dos recursos;
  • Apoio de adesão às campanhas de prevenção ao longo do ano;
  • Análise aprofundada dos produtos disponíveis na operadora e no mercado;
  • Oferta de ambiente saudável aos seus colaboradores.


Essas são apenas algumas sugestões para diminuir os problemas na saúde suplementar. Conte com a Prospera para a maior eficiência em seus processos.



Lenisa Spinola
Gestão de Mercado

 

 

 

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Data da notícia: 04/06/2019

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