Carteira de beneficiários

Carteira de beneficiários 
 
Quando converso com gestores de Operadoras de planos de saúde sobre a carteira de beneficiários o que posso relatar como unanimidade é que todos tem o desejo de crescer a carteira. Em uma das pesquisas que realizamos com nossos clientes sobre o planejamento estratégico idealizado, pesquisa essa que contou com mais de 100 entrevistados, sendo aproximadamente 66% destes em cargos de diretoria e gerência das Operadoras.
 
Uma das perguntas questionava as operadoras sobre a expectativa de crescimento para próximo ano, 85% dos respondentes informaram que pretendiam crescer, sendo que a maior parte desses esperavam um crescimento acima de 4% para sua operadora. Importante ressaltar que quando em crescimento da carteira de benificiários há uma série de fatores que devem ser observados, por exemplo:
 
Esse crescimento esperado altera a classificação de porte da sua operadora?
Ocorrerá por intermédio de fusões e/ou incorporações de outras operadoras? 
O que muda em relação às obrigações perante à ANS?
 
Muitas das respostas estão diretamente atreladas a impactos regulatórios e de atendimento que devem ser atentamente analisados em busca de constatar se realmente viável para a operadora.
 
O que me chama atenção é que nessas conversas dificilmente se aborda a “qualidade” desse crescimento. O envelhecimento populacional por exemplo é uma realidade, pesquisas do IBGE apontam que em 2050 a chamada “pirâmide etária” terá invertido, onde teremos mais idosos que crianças. Seguindo esse exemplo observamos no último Anuário de Custos de Planos de Saúde elaborado pela Prospera que beneficiários a partir dos 60 anos possuem um aumento significativo na despesa média, principalmente os homens. Esse envelhecimento da carteira já observamos acontecer ano a ano em muitas operadoras com o aumento da idade média de seus beneficiários. 
 
Um dos grandes desafios para as operadoras e conseguir comercializar produtos acessíveis não só para o tipo de contratação coletivo empresarial, mas também para a pessoa física vinculada a um produto individual e/ou familiar. Quando observamos a carteira de muitas das Operadoras por tipo de contratação, verificamos que os produtos Individuais e/ou Familiares possuem a melhor sinistralidade quando comparados aos Coletivos Empresariais e Coletivos por Adesão.
 
É sabido que produtos Individuais e/ou Familiares são considerados “problemáticos”, principalmente porque muitas operadoras não concordavam em negociar o reajuste estipulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, considerando não ser o mais “adequado” a realidade.  Não posso deixar de concordar com esse ponto, mas entendo que o reajuste não pode ser crucial para comercializar ou não desse tipo de contratação. 
 
Considero que existe um mercado a ser explorado, com menor concorrência, porém com vários fatores adversos, tanto do mercado, perfil da população e do órgão regulador, mas se fizerem uma boa subscrição que garanta o equilíbrio técnico financeiro, se obtém resultados satisfatórios com esta modalidade de plano. 
 
É importante ressaltar a constante necessidade de oxigenação das carteiras, independentemente do tipo de contratação e a necessidade de se estabelecer um número de vidas suficientes para garantir os princípios do mutualismo.
 
A Funcional|Prospera tem expertise na realização de estudos atuarias para o mercado de saúde suplementar, bem como possui uma equipe de regulação preparada para orientação de todos os impactos regulatórios envolvidos na operação de planos de saúde. Conte conosco para alcance sustentável, equilíbrio econômico–financeiro na gestão de um dos mais complexos e fascinantes mercados.
 
 
 
Luiz Fernando Amaral
Gestão de Negócios
 
 
 


Data da notícia: 16/11/2021

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