ANS divulga dados atualizados sobre utilização dos planos de saúde durante a pandemia

A ANS disponibilizou em 18/09/2020 novos dados do Boletim Covid-19, cujas informações estão atualizadas até agosto. Em relação às edições anteriores, as novidades são sobre a evolução do número de beneficiários e número de exames relacionados à Covid-19.

A análise dos dados foi feita com base nas informações obtidas junto 52 operadoras que possuem rede própria hospitalar. Em relação aos índices econômico-financeiros, foram avaliados dados de 100 operadoras selecionadas via amostragem. Os dados obtidos desta forma correspondem a 73% dos beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares.

O exame de evolução dos beneficiários mostrou que, em julho, houve leve crescimento de 0,1% em comparação ao mês anterior, totalizando 46.758.762 beneficiários.  Em análise aos dados julho em comparação a março de 2020, por tipo de contratação do plano, verificou-se que apenas os coletivos por adesão tiveram crescimento no período, mesmo com índice baixo, ou seja, de 0,57%. Os planos coletivos empresariais e individuais ou familiares registraram queda nesse período, de 0,98% e de 0,55%, respectivamente.

A taxa de crescimento de beneficiários idosos (acima de 59 anos) foi positiva em todas as modalidades de contratação de março a julho de 2020, ou seja, de 1,05% nos coletivos empresariais, 0,79% nos individuais ou familiares e 0,59% nos coletivos por adesão. Em relação aos beneficiários cuja faixa etária está abaixo de 59 anos, houve redução na evolução nas modalidades de coletivo empresarial e individual ou familiar, de 1,16% e 1,05%, respectivamente. Nos coletivos por adesão, houve aumento de 0,57%.  

Segundo a ANS, pode-se perceber que a população de idosos pretende preservar ou ampliar a cobertura assistencial, sendo que a crise econômica e o desemprego prejudicaram mais a população em idade ativa do que os aposentados.  

Em relação às informações assistenciais, a ANS verificou que, em agosto, a taxa geral de ocupação geral de leitos foi semelhante ao mês anterior, com 65% de ocupação ante 64% em julho. Todavia, permanece abaixo da taxa de ocupação de agosto de 2019 (72%), ou seja, com o mesmo o padrão que tem se verificado desde março. A taxa geral de ocupação dos leitos alocados para Covid-19 (com ou sem UTI) em agosto ficou em 57%, abaixo do percentual verificado em julho, que foi de 59%.  

A quantidade de consultas em pronto-socorro que não ocasionaram internações permaneceu estável em relação ao mês anterior. Já a procura por atendimentos de Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT) continua apresentando o mesmo índice, abaixo do patamar anterior ao início da pandemia, sendo que em agosto, a variação foi positiva de 2% em relação a julho. A ANS verificou que a queda foi mais acentuada no mês de abril, ou seja, de 63% em relação ao mesmo período do ano passado.

Sobre os exames para detecção de Covid-19, em junho, foram contabilizados 124.376 exames de Pesquisa de RT-PCR, 3.384 exames diversos para detecção de vírus respiratórios e 105 exames do tipo sorológico, ainda, houve aumento nos exames de imagem do tórax.   

Quanto às informações econômico-financeiras, foi verificada redução dos valores pagos em agosto comparado a julho, bem como aumento das despesas assistenciais. Assim, observa-se aumento do índice de sinistralidade, de 64% em julho para 71% em agosto.

A inadimplência, tanto para planos individuais ou familiares quanto para coletivos, continua próxima aos níveis históricos, visto que, em agosto e julho, o percentual foi de 7%. Nos contratos individuais, não houve variação considerável em relação a julho, tendo sido registrado 11% de inadimplência em agosto. Nos coletivos, o índice foi de 5% em agosto e de 4% em julho.   

Na análise das demandas de consumidores, foi possível verificar queda de 6,3% no número total de reclamações, em comparação a julho, em que foram registradas 14.965 ante a 14.023 em agosto. As reclamações de demandas assistenciais tiveram redução de 12,5% em relação a julho.

Já para as demandas específicas de Covid-19, foram registrados 15.221 pedidos de informações e 11.123 reclamações. Das reclamações, 57% são relativas à dificuldade na realização de exames e tratamento; 28% sobre outras assistências afetadas pela pandemia; e 15% são reclamações sobre temas não assistenciais.

As demandas de NIP, entre março e junho de 2020, alcançaram 92% de resolutividade, sendo 89,2% de resolutividade se consideradas apenas as demandas de Covid-19.

Fonte: Site da ANS


Data da notícia: 23/09/2020

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