Campanha. A nova campanha de prevenção ao agendamento de cesarianas desnecessárias foi disponibilizada pela ANS.
Alertar. Esse é o objetivo. A sociedade precisa ser informada sobre os riscos à saúde de gestantes e bebês quando há a antecipação do parto em cirurgias cesáreas agendadas sem indicação clínica!
A campanha faz parte das ações estratégicas do Movimento Parto Adequado!
Veja os dados: em 2020, na saúde suplementar, dos 484.010 partos realizados, 400.243 foram por cirurgias cesáreas – ou seja, cerca de 80%. É um número muito alto!
Dados do Painel de Indicadores de Atenção Materna e Neonatal
No ano de 2019, nos hospitais privados (não necessariamente vinculados aos planos de saúde), o maior percentual de realização de cirurgias cesáreas ocorreu entre 37 e 38 semanas (37,29%). A ANS informou que a interrupção abrupta desse processo de amadurecimento, na 37ª semana, gera perdas múltiplas, pois entre a 37ª e a 38ª semana de gestação, os órgãos vitais do bebê, como o coração e pulmão, estão completando seu desenvolvimento e o bebê aprimora a sua capacidade de sugar e de engolir, o que pode afetar diretamente a amamentação!
Já os partos vaginais foram realizados mais vezes entre 40 e 41 semanas (29,80%).
De forma geral, o tempo mínimo ideal de uma gestação é de 39 semanas! A Agência ainda ressaltou que existe uma Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que estabelece que cesarianas a pedido da gestante só podem ser realizadas a partir de 39 semanas. A literatura médica aponta uma margem de erro de cerca de uma a duas semanas na idade gestacional, o que ocorre devido às diferentes formas de se medir o tempo de uma gestação.
Fonte: ANS.
Data da notícia:
20/12/2021